A Prefeitura de Diadema já investiu cerca de R$ 312 milhões na área da saúde entre janeiro e setembro de 2025, segundo estimativas baseadas em dados do Portal da Transparência. Embora os números não tenham sido extraídos diretamente de relatórios consolidados, eles refletem o padrão de execução orçamentária do município e ajudam a dimensionar o esforço da gestão em manter e ampliar os serviços públicos de saúde.
Desse total, aproximadamente R$ 215 milhões foram destinados à SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), organização social responsável pela gestão de hospitais, UPAs, centros de especialidades e unidades básicas de saúde. A SPDM responde por cerca de 69% dos gastos totais com saúde no período e emprega atualmente 1.800 profissionais terceirizados, o que representa aproximadamente 72% da força de trabalho da rede municipal de saúde.
Os recursos aplicados na saúde em Diadema têm origem diversa. Estima-se que R$ 180 milhões sejam provenientes do orçamento municipal, enquanto R$ 30 milhões vieram do governo estadual, conforme anúncio feito em agosto pelo governador Tarcísio de Freitas. Já o governo federal teria contribuído com cerca de R$ 85 milhões, por meio de repasses do SUS e programas vinculados. Além disso, emendas parlamentares somam aproximadamente R$ 17 milhões, reforçando ações específicas como aquisição de equipamentos e ampliação de serviços.
A parceria com a SPDM tem sido estratégica para a prefeitura, permitindo maior agilidade na contratação de profissionais e na execução de serviços especializados. Os terceirizados atuam em áreas como enfermagem, atendimento médico, apoio técnico e administrativo, sendo fundamentais para o funcionamento das unidades de saúde. A predominância da terceirização, no entanto, também levanta debates sobre vínculos empregatícios e estabilidade dos profissionais.
A gestão do prefeito Taka Yamauchi tem priorizado a saúde como eixo central da administração, adotando políticas de austeridade e racionalização dos recursos. Mesmo com os desafios econômicos, os investimentos seguem em ritmo acelerado, e a expectativa é de que os gastos totais ultrapassem R$ 400 milhões até o fim do ano. A ampliação da cobertura, a melhoria na qualidade dos serviços e a transparência na aplicação dos recursos continuam sendo demandas centrais da população e dos órgãos de controle.